FATORES DE RESISTÊNCIA NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM UM ÓRGÃO PÚBLICO

Autores

  • Felipe Veck Lisboa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Igor Pereira da Luz UFSC
  • Filipy Furtado Sell UFSC
  • Rogério João Lunkes UFSC

DOI:

https://doi.org/10.22277/rgo.v11i3.4554

Resumo

O objetivo do presente estudo foi examinar os fatores de resistência à implementação de um modelo de avaliação de desempenho em um órgão público. Para cumprir esse objetivo, foram utilizados como base teórica o modelo de investigação do processo de institucionalização elaborado por Tolbert e Zucker (1999) e os pressupostos de fatores de resistência à mudança nos sistemas de controle gerencias destacados no estudo de Angonese e Lavarda (2014). O estudo foi desenvolvido em uma Coordenadoria responsável pelo sistema de controle interno de um órgão público do sul do Brasil. O método de coleta de dados foi a realização de entrevistas semi-estruturadas com os servidores do setor e análise dos documentos de elaboração do modelo. A partir da coleta de dados observou-se a relação dos argumentos capturados nas entrevistas e documentos com as proposições da pesquisa. Os achados do estudo indicam que no contexto estudado a insegurança ontológica, inércia, falta de conhecimento, aceitação de rotinas e decouping são fatores de resistência para a implementação do modelo de avaliação de desempenho. Em contrapartida o poder institucional e a confiança não puderam ser caracterizados como fatores limitadores a implantação do modelo. O estudo trouxe contribuições para a avaliação de desempenho no setor público, ampliando a literatura dos fatores que explicam o uso dos modelos. O estudo também contribui para a Teoria Institucional na discussão da institucionalização dos instrumentos de controle, explorando o entendimento dos fatores de resistência que fazem parte do contexto social das organizações.

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Publicado

2018-12-17

Edição

Seção

Artigos