REGISTROS DA MASTOFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DA MATA SECA, MINAS GERAIS, BRASIL

Autores

  • Marcos Magalhães de Souza
  • Gabriel de Castro Jacques
  • Natália Sayuri Rennó Mizukami
  • Álvaro Augusto Naves Silva
  • Glauco Cássio de Sousa Oliveira
  • Paola Aparecida de Oliveira
  • Paula Oddone Souza Instituto de Geociências, UNICAMP
  • Gabriel Teofilo-Guedes

DOI:

https://doi.org/10.24021/raac.v21i1.7896

Palavras-chave:

Mastofauna, Caatinga, Mata Seca, Unidade de Conservação

Resumo

Os mamíferos desempenham diferentes serviços em ecossistemas neotropicais terrestres. Impactos antrópicos como a redução e alterações dos ecossistemas promovem a redução da população de espécies, aumentando o risco de extinção. Isso torna estudos de inventários e registros de ocorrência das espécies relevantes, pois muitas áreas são subamostradas, como a mata seca, fitofisionomia da Caatinga. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi apresentar a ocorrência de mamíferos na floresta decidual do Parque Estadual da Mata Seca (PEMS), norte de Minas Gerais. Os registros ocorreram de fevereiro a novembro de 2021, através de armadilhas fotográficas, análise de vestígios, registros por terceiros e visualização direta. Foram registradas 21 espécies de nove ordens e 14 famílias, incluindo quatro consideradas vulneráreis quanto ao risco de extinção, segundo a lista vermelha da fauna ameaçada no Brasil, com destaque para o roedor mocó, Kerodon rupestris, espécie endêmica do Brasil, cuja população está ameaçada pela caça ilegal. A mastofauna registrada atesta a relevância do PEMS para conservação desses táxons na Caatinga, justifica o investimento público na sua criação e manutenção, bem como evidencia a necessidade urgente de coibir a caça ilegal. Ainda, sugere-se a realização de novos estudos para ampliar o estudo da riqueza da mastofauna local.

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Publicado

2024-09-26