As roupas de crioula no século XIX, e o traje de beca na contemporaneidade: uma análise museológica

Autores

  • Juliana Monteiro
  • Luzia Gomes Ferreira
  • Joseania Miranda Freitas

Palavras-chave:

Adsorvente alternativo, Adsorção, Azul de metileno

Resumo

As roupas, nas diversas sociedades, além de protegerem o corpo e destacarem a beleza, estabelecem hierarquias, tornam-se símbolos identitários por meio dos quais é possível refletir os valores socioculturais de um determinado grupo social. Partindo desse pressuposto, pode-se afirmar que a roupa de crioula, no século XIX, e o traje de beca, na contemporaneidade, são indumentárias impregnadas de significados por meio das quais compreende-se valores socioculturais desse grupo de mulheres. Essas indumentárias, tidas como representativas de uma identidade afrobrasileira possuem elementos de uma visualidade específica num contexto sócio-histórico, no qual o modo de vestir implicava uma marca ou numa representação material da posição hierárquica ocupada pela pessoa dentro de uma estrutura social, caracterizada pelo patriarcalismo, sexismo e escravidão. A roupa de crioula e o traje de beca marcavam a diferença entre as mulheres negras e brancas na sociedade colonial, assim como entre as próprias mulheres negras, pois não eram todas as mulheres negras, fossem elas escravas, libertas ou alforriadas, que possuíam essas roupas no século XIX. Compreender essas indumentárias como símbolos identitários é devido ao fato de que desde o século XIX até o XXI elas pertenceram e pertencem a um grupo específico de mulheres dentro da sociedade baiana e brasileira.

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Publicado

2014-07-18

Edição

Seção

Artigos