Os símbolos dos últimos caçadores-colectores do centro de Portugal

as representações de cervídeos na arte rupestre do vale do Tejo

Autores

  • Sara Garcês Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.22562/2022.57.08

Palavras-chave:

Tejo, Cervídeos, Caçadores-recoletores

Resumo

Ao longo da história da Humanidade, partindo de uma perspetiva ecológica que integra os grupos de humanos como apenas mais uma espécie na natureza, todos os grupos de caçadores-recoletores parecem ter mantido uma relação especial com algum tipo de animal. Na arte rupestre europeia, esta relação é muito mais evidente em cronologias paleolíticas, no entanto, cremos que os conceitos básicos destinados a unir o mundo real com o mundo hiperfísico reconhecido nos caçadores-recolectores do paleolítico através da representação de animais, signos e (poucas) figuras humanas, não foi abandonada nos primeiros milénios do Holocénico. Supõe-se que estas crenças acumuladas durante o Paleolítico Superior, não desapareceram de um dia para o outro. Os animais não só resolviam uma questão económica, como tiveram um papel muito mais complexo no seio das comunidades de caçadores-recolectores. Este trabalho pretende dar a conhecer a relação intrínseca que parece surgir entre os últimos caçadores-recoletores do Holocénico do Vale do Tejo, centro de Portugal, e os cervídeos. 

Biografia do Autor

Sara Garcês, Universidade de Coimbra

Investigadora, Professora Convidada Adjunta (eq.). Instituto Politécnico de Tomar, Portugal, Centro de Geociências, Universidade de Coimbra (u. ID73 – FCT), Instituto Terra e Memória, Mação, Portugal , Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, Mação.

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Publicado

2022-12-20