Muros de taipas de pedra no Parque Nacional de São Joaquim no município de Orleans/SC

uma paisagem cultural ameaçada?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22562/2023.59.16

Palavras-chave:

Patrimônio cultural, Turismo cultural, Tropeirismo

Resumo

Este artigo aborda a presença dos muros de Taipas, construídos com matacões de rocha, localizados na parte baixa do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), no município de Orleans/SC. Visa identificar as dimensões e as funcionalidades, e analisar o estado de conservação desses monumentos que têm origem nos tempos do Tropeirismo. A análise da distribuição espacial e do estado de conservação dos muros de Taipas permite pontuar as ameaças antrópicas e naturais, que comprometem o patrimônio material, prejudicando o registro, o estudo científico, as práticas educativas e turísticas possíveis de serem desenvolvidas no território do Parque. Para identificação do estado de conservação, foram realizadas três incursões em campo, duas de reconhecimento e delimitação da área de estudo e uma para mapeamento e tomada de dados das estruturas de Taipas. A ficha de registro utilizada foi adaptada de Herberts (2009). As estruturas foram fotografadas, sua localização foi registrada por meio de receptor Global Position Sistem (GPS) e foram realizadas tomadas aéreas com drone, para análise e geração de dados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG). Foram analisadas cinco estruturas distintas, cujos resultados indicam o predomínio do estado de conservação parcial. Porém, observa-se que, no contexto atual, há o cuidado dos proprietários de terras pertencentes ao Parque, mas que ainda não foram desapropriadas, no sentido da conservação das Taipas. Identificou-se também diversos fatores de destruição do patrimônio, o que compromete seu uso como atrativo turístico e cultural. Ações urgentes se fazem necessárias, no sentido de dar visibilidade e promover o reconhecimento, principalmente, por parte da comunidade local, sobre a importância das Taipas como elementos patrimoniais, constituintes da paisagem cultural resultante do Tropeirismo.

Biografia do Autor

Tayse Borghezan Nicoladelli, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutoranda em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

José Gustavo Santos da Silva, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutorando em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

Juliana Debiasi Menegasso, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutoranda em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

Juliano Bitencourt Campos, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutor em Arqueologia. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Investigador do Instituto Terra e Memória, Centro de Geociências (ITM/CGEO/Portugal).

Márcia Luzia Sartor Preve, Secretaria do Estado da Educação de Santa Catarina

Mestre em Ensino de História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Secretaria do Estado da Educação de Santa Catarina.

Thaise Sutil, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutora em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Danrlei De Conto, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mestre em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Geoprocsul Engenharia e Geoprocessamento.

Jairo José Zocche, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutor em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).

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Publicado

2023-10-27