AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICA DE MATERIAIS COMPÓSITOS A PARTIR DE RESÍDUOS AGROENERGÉTICOS (PALHA DA CANA-DE-AÇÚCAR SACCHARUM OFFICINARUM E RESINA À BASE DO ÓLEO DE MAMONA)

Autores

  • Hélida Cristina Noronha Figueiredo Universidade Federal do Tocantins
  • Juan Carlos Valdés Serra Universidade Federal do Tocantins-UFT.
  • Marcus Vinicius Ribeiro e Souza Universidade Federal do Tocantins-UFT.

DOI:

https://doi.org/10.24021/raac.v19i1.5467

Palavras-chave:

Material compósito. Palha da cana-de-açúcar. Resina à base do óleo de mamona.

Resumo

A busca por um novo paradigma em preservar o meio ambiente e utilizar produtos naturais que contribuem para um maior interesse na utilização de materiais compósitos poliméricos com fibras vegetais. O estudo teve como objetivo produzir material compósito a partir da palha de cana-de-açúcar e resina à base do óleo de mamona. As fibras foram utilizadas em duas faixas de tamanhos: 0< fibras ≤4,27mm e 4,27< fibras <10mm; e resina na proporção de 10%, 15% e 20%. As partículas obtidas possuem a forma de projeção quadrada. O método de preparação foi realizado conforme a NBR 14810-2:2018, utilizando-se a técnica de moldagem por compressão a temperatura ambiente. Foram realizados os ensaios físicos: umidade, densidade e inchamento; e os ensaios mecânicos de: elasticidade, flexão e compressão. Avaliou-se o ensaio morfológico: microscopia eletrônica de varredura; e o ensaio de biodegradabilidade do compósito, no período de três meses. Para validação dos resultados, foi realizada a estatística com significância a 5% pelo teste F, comparado as médias pelo teste Scott-knott dos tratamentos físicos e mecânicos. Os resultados mostraram que os valores dos ensaios físicos atenderam os limites mínimos que estabelece a norma, resultando em 8,72% o inchamento do material compósito. No ensaio mecânico, o compósito de menor fibra e 20% de resina foi mais resistente no teste de flexão com capacidade de 3,69 N/mm², elasticidade com 211,32 N/mm² e no ensaio de compressão com 2,98 N/mm². A análise morfológica apresentou ampla interação na interface entre matriz/reforço. O ensaio de biodegradação mostrou-se que no segundo mês houve uma redução no peso do material compósito, o que mostra o aprimoramento da degradação. Portanto, o compósito produzido possui um grande potencial no mercado, pode ser utilizado na fabricação de mesas, cadeiras e paredes, além de possuir um baixo custo em relação aos compósitos produzidos de fibras sintéticas.

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Biografia do Autor

Hélida Cristina Noronha Figueiredo, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Agroenergia, Engenheira Civil.

Juan Carlos Valdés Serra, Universidade Federal do Tocantins-UFT.

Doutor em Engenharia Mecânica, Professor do Programa de Mestrado em Agroenergia e da Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins.

Marcus Vinicius Ribeiro e Souza, Universidade Federal do Tocantins-UFT.

Doutor em Geotecnia, Professor da Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

2021-11-26