AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DA FISIONOMIA DAS FOLHAS NA SERRAPILHEIRA EM REFLETIR AS CONDIÇÕES DO CLIMA E A COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Fabiane Fisch Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Dagoberto Port Fundação Educacional de Brusque - FEBE
  • Tânia Lindner Dutra Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.24021/raac.v20i1.6957

Palavras-chave:

Fisionomia foliar. Serapilheira. Tafonomia.

Resumo

Este trabalho apresenta os resultados de estudo realizado com a serrapilheira, em uma área da Floresta Ombrófila Mista, no sul do Brasil, com vistas à sua aplicação em assembleias fósseis de vegetais e a avaliação de sua aplicação para inferências paleoclimáticas. Foram escolhidos 4 transectos no interior da floresta, cada um abrangendo 250 m de extensão. A cada 50 m foi realizada a coleta do material vegetal retido sobre o solo e o levantamento florístico da vegetação viva do entorno. Após a triagem do material foram selecionadas apenas as folhas e, a seguir, avaliadas quanto a seus caracteres fisionômicos. Os resultados demonstraram a boa capacidade da serrapilheira em refletir a composição taxonômica da floresta viva e o clima da região. O Índice de Tamanho Foliar caracterizou a floresta como uma Flora Microfílica, coerente com as temperaturas microtérmicas da área. Contudo, os dados fisionômicos para o tipo de ápice, base e margens das folhas mostraram uma fisionomia mais adequada a floras mesotérmicas e distinta daquela presente na literatura, podendo refletir, diante da elevada umidade atmosférica presente, uma amenização dos efeitos do frio. Recomendamos a continuidade deste estudo para outras áreas de ocorrência deste bioma, ou outros ambientes deposicionais.

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Publicado

2023-05-15

Edição

Seção

Artigos