SOCIEDADE, NATUREZA E TEMPO: DISPUTA DE RACIONALIDADES

Autores

  • Felipe Bueno Amaral
  • José Luiz Fernandes Cerveira Filho

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v20i30/31.2359

Resumo

O presente artigo discorre sobre a visão herdada (ou, poderíamos dizer, construída) da sociedade contemporânea, que vê o ambiente natural como propriedade. No entanto, o estudo mostra que o processo para se chegar até essa visão passou do afastamento homem/natureza para um posterior domínio, uma sobreposição do homem ao ambiente natural, por vezes denominado no texto como “natureza”. O objetivo do texto é analisar de modo distanciado de um pano de fundo específico essa inter-relação, verificando e ressaltando a sua forma sem, no entanto, determinar de modo explícito as razões das quais decorrem os problemas ambientais advindos dela e sem ressaltar os impactos negativos, uma vez que o propósito é tão somente a análise da relação e não suas consequências. Percebeu-se, no decorrer do trabalho, que a relação de sobreposição advém de um processo histórico/cultural, que culmina nos atuais problemas ambientais. O estudo identifica a necessidade de ampliar as margens da visão epistêmica cartesiana (indivíduo/objeto conhecido) e enfatiza a necessidade de uma relação de compreensão e de diálogo para com o ambiente natural, devido à importância dele para todas as sociedades, inclusive a humana.

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Publicado

2014-09-05

Edição

Seção

Dossiê Temática Livre