Desafios para a educação escolar específica em contextos de políticas universalizantes

Autores

  • Clovis Antonio Brighenti Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v25i41.3664

Palavras-chave:

Avaliação. Responsabilização. Fatores extramuros. Práticas educativas.

Resumo

Neste artigo, desenvolvemos uma análise crítica do sistema de ensino no que tange às políticas universalizantes e os desafios para a educação escolar específica e diferenciada conquistada pelos povos indígenas. Na medida em que esses direitos específicos foram sendo alargados e tornados realidade, o Ministério da Educação criou diversos mecanismos que circulam na contramão, valorizando e exigindo conhecimento de saberes ditos universais. Como exemplo, tomamos os dados colhidos junto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos à avaliação das escolas indígenas em Santa Catarina nos anos de 2011 e de 2013 e constatamos que as mesmas ficaram entre as piores colocações no estado. Buscamos, então, compreender a metodologia e a ideologia que orientaram as avaliações, do que percebemos que há a imposição de conteúdos e de práticas metodológicas. A avaliação, sem respeitar suas particularidades, segue sendo uma maneira de impor aos indígenas a integração à “nação” brasileira. A partir dos conceitos de colonialidade, concluímos que, ao persistir esse modelo de avaliação, as notas baixas servirão como formas de resistência.

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Publicado

2017-03-03

Edição

Seção

Dossie Relações étnico-raciais e Educação