Colonização Porto Novo: identidade e etnocentrismo?

Autores

  • Paulino Eidt Unochapecó

Palavras-chave:

Movimentos Sociais. Organizações. Práticas Alternativas.

Resumo

Este artigo teve como propósito analisar a teia de relações culturais, econômicas e sociais que teceram a vida dos alemães do Projeto Porto Novo (atualmente os municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis), fundado pela Companhia de Jesus em 1926, no extremo oeste de Santa Catarina. A história do Projeto Porto Novo é mencionada na literatura teuto-brasileira como uma das colonizações mais fechadas e coercitivas da migração europeia no Brasil. A demarcação de um território cativo de 583 quilômetros quadrados, em meio ao espaço natural, objetivou a formação de cristãos perfeitos para a vida econômica, social e cultural; a colônia, por meio da ação niveladora da coletividade, experimentou uma noosfera religiosa mística e fanática, sem precedentes nas colonizações do Brasil Meridional; o projeto respondeu e se adaptou a dois períodos distintos: teve a Igreja como epicentro das decisões até a década de 1970, consolidando o desejo latente desta, de impedir que os horrores e a imoralidade, insuflados pela modernidade, atingissem o tecido social, e pós-70, quando as grandes agroindústrias (leite, aves e suínos) colocaram-se como centrais irradiadoras da modernidade da região, governando de acordo com as leis do mercado.

Biografia do Autor

Paulino Eidt, Unochapecó

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