Os Arara, seu território tradicional e a irrupção do “milagre econômico brasileiro” em Altamira
A Transamazônica atravessa o baixo e médio Xingu (1967-1987)
DOI:
https://doi.org/10.22562/2021.55.10Palavras-chave:
Rodovia Transamazônica, Ditadura Militar , Índios AraraResumo
O processo de atração do povo Arara pela FUNAI na região do município de Altamira, no Pará, a partir da década de 1970, deu-se em razão da necessidade de viabilizar a política de colonização ligada ao Plano de Integração Nacional (PIN) conduzida pelo INCRA durante a construção da rodovia Transamazônica (BR-230), em nome de uma noção de progresso que não contemplou os direitos dos povos tradicionais sobre seus territórios e seu modo de viver. O artigo elabora, tendo como fonte principal relatos orais de moradores da região, um histórico das ações que desencadearam transformações e conflitos territoriais, relatando o emprego de uma violência organizada contra os indígenas e a negação de seus direitos básicos para se alcançar fins de natureza econômica: a continuidade, o mais rápido possível, da abertura da rodovia que seria a porta para a exploração econômica da Amazônia.
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