Origem e trajetória do caboclo de Porto Novo: a formação da sua identidade camponesa

Autores

  • Patrício Reichert

Resumo

A antiga colônia Porto Novo, localizada no extremo oeste de Santa
Catarina, colonizada a partir de 1926 sob a liderança de jesuítas
alemães de São Leopoldo - RS, caracterizou-se como um projeto de
colonização étnico e religiosamente homogêneo: católicos e alemães.
Os colonos, ao iniciar a ocupação do território encontraram vestígios
e a presença de algumas famílias caboclas. Logo, com a vinda
de levas de imigrantes à colônia, formou-se uma supremacia da
cultura teuto-brasileira. Mesmo como minoria étnica, a população
cabocla sempre marcou presença na ocupação e formação do território
de Porto Novo, no entanto, no decorrer do processo foi socialmente
segregada e negligenciada pela história oficial. Este artigo
é resultado de uma pesquisa na qual se buscou resgatar a origem e
a trajetória do caboclo de Porto Novo, e, consequentemente, as
características que formam a sua identidade camponesa. Um
campesinato que se formou no Rio Grande do Sul, da atividade
econômica do tropeirismo e da erva-mate a partir do século XVIII.
Posteriormente, o caboclo adaptou a sua identidade camponesa
aos projetos de colonização e, ao findar destes, foi gradativamente
excluído pela modernização agrícola.

Downloads

Edição

Seção

Artigos