Elementos para a compreensão médica da criança na transição do século XVII para o século XVIII

Autores

  • António Gomes Ferreira Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.22196/rp.v6i13.4201

Palavras-chave:

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH, Educadores, Estratégias, Ensino

Resumo

Neste trabalho debruçamo-nos sobre como a criança era tratada pelo saber médico de finais de seiscentos e princípios do século seguinte. O que mais ressalta da leitura da literatura médica da época é que a criança não se encontrava em boas mãos. De facto, quer olhemos para a prática terapêutica que estes médicos mais reconhecidos condenavam, quer tenhamos em atenção o  receituário por estes recomendado, não podemos deixar de nos interrogarmos sobre o seu efeito na qualidade de vida e, até, na possibilidade de sobrevivência das crianças de então. Não admira, por isso, que perante este conhecimento médico limitado e supersticioso, e em face de quase não existirem obras de medicina dedicadas à infância, seja fácil cair-se em explicações simplistas e anacrónicas que logo apontem para uma insensibilidade da medicina desta época para com a infância. Não há dúvidas de que muitos dos diagnósticos partiam de pressupostos errados e que a maioria dos tratamentos não passavam de tentativas empíricas ou de aventuras curandeiras. Mas isso não é suficiente para vermos uma atitude médica de repulsa ou de alheamento para com a infância. O que vemos é um certo sentimento de impotência que advinha da qualidade da ciência que suportava a sua formação.

Biografia do Autor

António Gomes Ferreira, Universidade de Coimbra

Fac. Psicologia e de Ciências da Educação Universidade de Coimbra

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Publicado

2018-02-11

Como Citar

FERREIRA, A. G. Elementos para a compreensão médica da criança na transição do século XVII para o século XVIII. Revista Pedagógica, [S. l.], v. 6, n. 13, p. 113–142, 2018. DOI: 10.22196/rp.v6i13.4201. Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/4201. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS