LITERACIA NA SAÚDE DA MULHER À LUZ DO MARKETING SOCIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22277/rgo.v15i3.6622

Palavras-chave:

Marketing social. Literacia. Saúde da Mulher.

Resumo

Objetivo: Este artigo tem como objetivo analisar o processo da literacia da saúde da mulher à luz do modelo ecológico de marketing social.

Método: A pesquisa é de caráter exploratório e qualitativo. Foram realizadas vinte entrevistas semiestruturadas com os grupos responsáveis pela saúde da mulher em nível municipal. O primeiro corresponde ao nível upstream do marketing social, correspondente aos gestores das ações para saúde da mulher. O segundo grupo diz respeito ao nível midstream e é composto pelos profissionais de saúde envolvidos nas ações. O nível downstream é formado pelas mulheres participantes das ações

Principais resultados: Os resultados mostraram complicações nas estratégias de marketing adotadas para ampliação da literacia em saúde, tais como a divulgação das ações, pesquisa de satisfação e materiais informativos realizados de forma inadequada ao perfil do público-alvo, além de diagnosticar a falta de comunicação interna entre o nível upstream e o midstream, a respeito das necessidades da comunidade e do planejamento das ações.

Contribuições: Os gestores públicos que decidirem otimizar o sistema de campanhas e de atendimento ao cidadão deverão considerar as informações expostas nesta pesquisa para corrigir e tomar decisões assertivas sobre a saúde.  

Originalidade / relevância:  O estudo inova ao trazer para literatura de marketing social o debate sobre literacia da saúde da mulher, na medida em que discute ações municipais a partir da perspectiva dos diferentes atores envolvidos.

Biografia do Autor

Joice dos Santos Alves, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Gestão Pública e Cooperação Internacional pela Universidade Federal da Paraíba. Administradora pela Universidade Federal da Paraíba. Servidora Pública Municipal.

Stephanie Ingrid Souza Barboza, Universidade Federal da Paraíba - Professora

Doutora e Mestre em Administração pelo Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal da Paraíba. Docente do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas do Campus III da Universidade Federal da Paraíba e do Programa de Pós-graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional da Universidade Federal da Paraíba. 

Referências

Al-Alak, B. A. (2010). Impact of marketing actions on relationship quality in the health and fitness sector in Jordan and its implications for social marketing: A field/analytical study. Social Marketing Quarterly, 16(2), 70-93.

Alves, M. (2013). Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo (v. 2). Elsevier Brasil.

Carvalho, D. L. T. D. (2017). Sistema de marketing de saúde no Brasil: impactos dos fenômenos de medicalização e farmaceuticalização e alternativa de equilíbrio.

[Tese de Doutorado, Universidade Federal da Paraíba]. Repositório da Universidade Federal da Paraíba. https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/9407?locale=pt_BR

Carvalho, H. C., & Mazzon, J. A. (2013). Homo economicus and social marketing: questioning traditional models of behavior. Journal of Social Marketing, 3(2), 162-175.

https://doi.org/10.1108/JSOCM-11-2011-0080

Cerqueira, J. C., Moreira, J. P. D. L., Brito, A. D. S., & Luiz, R. R. (2017). Indicador preventivo de saúde da mulher: proposta combinada de mamografia e Papanicolaou. Revista Panamericana de Salud Pública, 41, e99.

Collis, J., & Hussey, R. (2005). Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. Bookman.

Connell, R. (2012). Gender, health and theory: conceptualizing the issue, in local and world perspective. Social Science & Medicine, 74(11), 1675-1683.

DeWalt, D. A., Berkman, N. D., Sheridan, S., Lohr, K. N., & Pignone, M. P. (2004). Literacy and health outcomes. Journal of General Internal Medicine, 19(12), 1228-1239.

Dibb, S. (2014). Up, up and away: social marketing breaks free. Journal of Marketing Management, 30(11-12), 1159-1185.

Flores, B. E., & Acton, G. J. (2013). Older Hispanic women, health literacy, and cervical cancer screening. Clinical Nursing Research, 22(4), 402-415.

French, J., Russell-Bennett, R., & Mulcahy, R. (2017). Travelling alone or travelling far? Journal of Social Marketing, 7(3), 280-296. https://doi.org/10.1108/JSOCM-12-2016-0088

Gordon, R., & Gurrieri, L. (2014). Towards a reflexive turn: social marketing assemblages. Journal of Social Marketing, 4(3), 261-278.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2009). Coordenação de População e Indicadores Sociais. Indicadores sociodemográficos e de saúde no Brasil: 2009. IBGE.

INCA, Instituto Nacional de Câncer (2018). INCA estima cerca de 600 mil casos novos de câncer para 2018. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2018/inca-estima-cerca-600-mil-casos-novos-cancer-para-2018.

IARC Working Group on the Evaluation of Cancer-Preventive Strategies, International Agency for Research on Cancer, & World Health Organization. (2005). Cervix cancer screening (v. 10). Diamond Pocket Books (P) Ltd.

Kavin, M., Añel-Tiangco, R. M., Mauger, D. T., & Gabbay, R. A. (2010). Development and pilot of a low-literacy diabetes education book using social marketing techniques. Diabetes Therapy, 1(2), 93-102.

Lagarde, F. (2014). Fostering equity through downstream, midstream and upstream social marketing: The case of the Chagnon Foundation. Social Marketing Quarterly, 20(4), 268-274.

Lee, H. Y., Lee, J., & Kim, N. K. (2015). Gender differences in health literacy among Korean adults: do women have a higher level of health literacy than men? American Journal of Men's Health, 9(5), 370-379.

Lee, S. Y. D., Tsai, T. I., Tsai, Y. W., & Kuo, K. N. (2012). Health literacy and women’s health-related behaviors in Taiwan. Health Education & Behavior, 39(2), 210-218.

French, J., & Lefebvre, R. C. (2012). Transformative social marketing: co‐creating the social marketing discipline and brand. Journal of Social Marketing, 2(2), 118-129.

https://doi.org/10.1108/20426761211243955

Lima, M. A. D. (2016). “Tem que se cuidar, né?”: uma abordagem socioantropológica sobre a saúde da mulher nas USF de Rio Tinto-PB. [Monografia, Universidade Federal da Paraíba]. Repositório da Universidade Federal da Paraíba.

https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/3793?locale=pt_BR

Lytton, M. (2013). Health literacy: an opinionated perspective. American Journal of Preventive Medicine, 45(6), e35-e40.

Mamede, M. V., Bueno, J. V., & Bueno, S. (1993). Percepção da condição de saúde entre mulheres. Revista Brasileira de Enfermagem, 46(2), 95-100.

Marshall, S., Sahm, L., & McCarthy, S. (2012). Health literacy in Ireland: reading between the lines. Perspectives in Public Health, 132(1), 31-38.

Nutbeam, D. (2000). Health literacy as a public health goal: a challenge for contemporary health education and communication strategies into the 21st century. Health Promotion International, 15(3), 259-267.

Pope, C., & Mays, N. (2009). Pesquisa qualitativa na atenção à saúde. Artmed Editora.

Quemelo, P. R. V., Milani, D., Bento, V. F., Vieira, E. R., & Zaia, J. E. (2017). Literacia em saúde: tradução e validação de instrumento para pesquisa em promoção da saúde no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 33, e00179715.

Rico, A. M., & Iriart, J. A. B. (2013). " Tem mulher, tem preventivo": sentidos das práticas preventivas do câncer do colo do útero entre mulheres de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 29, 1763-1773.

Rocha, C. M. F., Dias, S. F., & Gama, A. F. (2010). Conhecimentos sobre o uso de contraceptivos e prevenção de DST: a percepção de mulheres imigrantes. Cadernos de Saúde Pública, 26(5), 1003-1012.

Gordon, R., Russell-Bennett, R., Wood, M., & Previte, J. (2013). Fresh ideas: services thinking for social marketing. Journal of Social Marketing, 3(3), 223-238.

https://doi.org/10.1108/JSOCM-02-2013-0017

Sanchez, R. M., & Ciconelli, R. M. (2012). Conceitos de acesso à saúde. Revista Panamericana de Salud Pública, 31, 260-268.

Shieh, C. & Halstead, J A. (2009). Understanding the impact of health literacy on women's health. Journal of Obstetric, Gynecologic & Neonatal Nursing, 38(5), 601-612.

Silva, B. L. D. (2014). Os processos de trabalho para efetivação da política de saúde da mulher na atenção básica. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Paraí¬ba]. Repositório da Universidade Federal da Paraíba. https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6554

Silva, E. C., & Minciotti, S. (2008). Marketing Social: Uma Análise de sua Aplicação às Políticas Públicas de Saúde em São Bernardo do Campo. Anais do Encontro de Administração Pública e Governança, Anais... Salvador, BA, Brasil.

Tewell, M. R. (2012). Not just a mother’s decision: a multifactorial exploration of low breastfeeding rates in African American women. Florida Public Health Review, 9(1), 5.

Wood, M. (2016). Social marketing for social change. Social Marketing Quarterly, 22(2), 107-118.

Wood, M. (2016). Midstream social marketing and the co-creation of public services. Journal of Social Marketing, 6(3), 277-293. https://doi.org/10.1108/JSOCM-05-2015-0025

Downloads

Publicado

2022-07-18