A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO (CEASA-PE) SOB A ÓTICA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v17i3.8171Palavras-chave:
Resíduos Sólidos, Ceasa/PE, Desenvolvimento SustentávelResumo
Objetivo: Analisar a gestão de resíduos sólidos no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco-CEASA/PE, com vistas para o desenvolvimento sustentável.
Método/abordagem: Segue uma abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa do tipo descritiva e documental, com levantamento e processamento de informações primárias coletadas junto à instituição.
Principais Resultados: O estudo apontou que o CEASA/PE implementou institucionalmente, diversos programas e ações de gerenciamento de resíduos sólidos ao longo dos anos, em especial, tocante à compostagem da matéria orgânica. O principal programa é o Adubo Sustentável, que produz um composto orgânico a partir dos resíduos gerados no entreposto e doado a produtores rurais.
Contribuições teóricas/práticas/sociais: O estudo contribui teoricamente ao evidenciar a importância da gestão eficiente de resíduos sólidos no contexto dos centros de abastecimento, oferecendo um caso prático de sucesso com o CEASA-PE. De forma prática, fornece um modelo de gestão sustentável de resíduos que pode ser replicado em outras instituições similares. Socialmente, o programa Adubo Sustentável tem um impacto positivo ao apoiar agricultores locais com compostos orgânicos, promovendo a agricultura sustentável e a conscientização ambiental.
Originalidade/relevância: A originalidade do estudo reside na análise longitudinal e detalhada da gestão de resíduos sólidos no CEASA-PE, destacando as práticas inovadoras implementadas ao longo de mais de uma década. A relevância está na demonstração de como uma gestão eficiente de resíduos pode contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável, servindo de exemplo para outras instituições e promovendo práticas ambientalmente responsáveis.
Palavras-chave: Resíduos sólidos. Ceasa/PE. Desenvolvimento sustentável.
Downloads
Referências
Andrade, D. S. (2023). Desenvolvimento empresarial sustentável: um resgate histórico e um debate atual. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 12(12), e101121243214-e101121243214.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. (2004a). NBR 10004: Resíduos sólidos - classificação. Rio de Janeiro: ABNT.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. (2004b). NBR 10007: amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT.
Auad, G. A., et al. (2021). Reflexões sobre a política nacional de resíduos sólidos e a pandemia do COVID-19: Gerenciamento adequado. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10(10), e42101018653-e42101018653.
Bahia, M. S., et al. (2023). Os processos de apropriação dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) pela publicidade brasileira de cosméticos: análise da natura e o boticário.
Brasil. (2010). Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
Brasil. (2020). Instrução Normativa nº 61, de 08 de julho de 2020. Estabelece as regras sobre definições, exigências, especificações, garantias, tolerâncias, registro, embalagem e rotulagem dos fertilizantes orgânicos e dos biofertilizantes, destinados à agricultura. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ¬ Secretaria de Defesa Agropecuária.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2022). Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Secretaria de Qualidade Ambiental. Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Planares [recurso eletrônico] / coordenação de André Luiz Felisberto França... [et. al.]. – Brasília, DF: MMA.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2017). Compostagem doméstica, comunitária e institucional de resíduos orgânicos: manual de orientação. Brasília, DF: MMA. Disponível em: https://sinir.gov.br/images/sinir/Arquivos_diversos_do_portal/Compostagem-Manual_2018-11-26_digital_figuras-c-titulo.pdf. Acesso em: 1 jun. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2015). Regulamento interno. Recife: CEASA-PE. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/regimentoarquivo/regimento_interno.pdf. Acesso em: 01 mai. 2023.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2016). Regulamento de mercado. Recife: CEASA-PE. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/regulamento/14945101048161-regulamento_de_mercado_2016.pdf. Acesso em: 01 mai. 2023.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2022). Estudo piloto de aproveitamento dos resíduos orgânicos para produção de biogás e energia elétrica no centro de abastecimento e logística de Pernambuco – CEASA/PE.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2023a). Estrutura Organizacional. Recife: CEASA-PE. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/images/misc/organograma.jpg. Acesso em: 01 mai. 2023.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2023b). Plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS). Recife: CEASA-PE.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2023c). Relatório anual de atividades em 2022. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948650089501-relanualatividades2009.pdf. Acesso em: 01 jun. 2023.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021a). Relatório anual de atividades 2010. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948651501664-relanualatividades2010.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021b). Relatório anual de atividades 2011. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948653150423-relanualatividades2011.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021c). Relatório anual de atividades 2012. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948653766622-relanualatividades2012.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021d). Relatório anual de atividades 2013. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948654809004-relanualatividades2013.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021e). Relatório anual de atividades 2014. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948655774697-relanualatividades2014.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021f). Relatório anual de atividades 2015. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/14948657739303-relanualatividades2015.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021g). Relatório anual de atividades 2016. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/150150975288-relanualatividades2016.compressed.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021h). Relatório anual de atividades 2017. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/15742762417186-relatriodeatividades2017.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021i). Relatório anual de atividades 2018. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/15742743701314-relatriodeatividades2018_reduce1.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021j). Relatório anual de atividades 2019. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/1587138285659-atividade_2019.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2021k). Relatório anual de atividades 2020. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/16201872397171-relatriodeatividades2020.pdf. Acesso em: 01 dez. 2021.
Ceasa-PE – Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco. (2022). Relatório anual de atividades 2021. Disponível em: https://www.ceasape.org.br/assets/repositorio/relatorio/16661044181072-relatrioanualdeatividades2021.pdf. Acesso em: 01 jun. 2022.
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMD. (1991). Nosso futuro comum (2. ed.). Rio de Janeiro: FGV.
Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. (2022). Centrais de Abastecimento: Comercialização total de frutas e hortaliças, Brasília, DF, 5.
Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. Relatório de Comercialização Anual com percentual de participação por Entrepostos. Disponível em: http://www3.ceasa.gov.br/siscomweb/?page=reports.relatorio_participacao_comercializacao_anual&retTO=consulta_relatorio_participacao_comercializacao_anual. Acesso em: fev. 2023.
Conceição, J. T. P., et al. (2023). Emissão de gases de efeito estufa e gestão de resíduos orgânicos na cidade de Jundiaí-SP. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, 4(2), e422815-e422815.
Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativos, quantitativos e mistos (3ª ed., M. Lopes, Trad.). Porto Alegre: Artmed.
Da Silva, A. B., Godoi, C. K., & Bandeira-Demello, R. (2000). Pesquisa Qualitativa Em Estudos Organizacionais: Paradigmas, Estratégias E Métodos. Editora Saraiva.
Da Silva, K. C., Rosas, L. S., & Oliveira, S. R. N. (2018). Gestão dos Resíduos Sólidos do Brasil evolução e desafios a caminho: Uma Revisão Integrativa. Scientia Amazonia, 7(2).
De Moraes, C. C., & De Souza, T. A. (2018). Panorama mundial do desperdício e perda de alimentos no contexto de cadeias de suprimentos agroalimentares. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, 11(3), 901-924.
Embrapa. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2023). Pesquisa identifica fatores de desperdício de alimentos em famílias de baixa renda. Disponível em: https://www.embrapa.br/web/portal/busca-de-noticias/-/noticia/3381192/pesquisa-identifica-fatores-de-desperdicio-de-alimentos-em-familias-de-baixa-renda Acesso em: jul. 2022.
Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO. (2015). Food wastage footprint & climate change. Rome. Recuperado em 12 de junho de 2022, de http://www.fao.org/docrep/018/i3347e/i3347e.pdf
Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO. (2024). Food wastage footprint: Impacts on natural resources. Rome. Recuperado em 12 de junho de 2022, de http://www.fao.org/docrep/018/i3347e/i3347e.pdf
Garbaccio, G. L., Krolik, C., & De Araújo, L. M. (2021). Desenvolvimento sustentável: políticas públicas de resíduos sólidos no Brasil. Revista Brasileira de Direito, 16(1), 1-15.
Henz, G. P., & Porpino, G. (2017). Food losses and waste: how Brazil is facing this global challenge?. Horticultura Brasileira, 35, 472-482.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2004). Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente (2. ed.). Rio de Janeiro: IBGE.
Jucá, J. F. T., Barbosa, K. R. M., & Sobral, M. C. (2020). Sustainability indicators for municipal solid waste management: A case study of the Recife Metropolitan Region, Brazil. Waste Management & Research, 38(12), 1450-1454.
Kaza, S., et al. (2018). What a waste 2.0: a global snapshot of solid waste management to 2050. World Bank Publications.
Lima, K. K., et al. (2018). A gestão da Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO): Seus números e propostas de melhorias. Qualitas Revista Eletrônica, 18(3), 1-20.
Malhorta, N. K., et al. (2005). Introdução à pesquisa de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Menezes, R. O., et al. (2019). Análise estatística da caracterização gravimétrica de resíduos sólidos domiciliares: estudo de caso do município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Engenharia Sanitária e Ambiental, 24, 271-282.
Nepomoceno, T. A. R., & Pontarolo, E. L. (2022). Panorama brasileiro do aproveitamento energético dos resíduos sólidos urbanos para a geração de biogás em áreas de aterro sanitário. International Journal of Environmental Resilience Research and Science, 4(2), 1-12.
Papargyropoulou, E., et al. (2014). The food waste hierarchy as a framework for the management of food surplus and food waste. Journal of Cleaner Production, 76, 106-115.
Parfitt, J., Barthel, M., & Macnaughton, S. (2010). Food waste within food supply chains: quantification and potential for change to 2050. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, 365(1554), 3065-3081.
Perim, J. M., & De Almeida, T. L. (2013). Diagnóstico de Resíduos Sólidos da CEASA–JAÚ. In J. H. Rezende & J. C. Toledo (Orgs.), Organizadores (p. 231).
Sachs, I. (2002). Pensando sobre o desenvolvimento na era do meio ambiente. In P. Y. Stroh (Org.), Caminhos para o desenvolvimento sustentável (2. ed., pp. 47-64). Rio de Janeiro: Garamond.
Santos, K. L., et al. (2020). Perdas e desperdícios de alimentos: reflexões sobre o atual cenário brasileiro. Brazilian Journal of Food Technology, 23, e2019134.
Silva, C. A. da, & Andreoli, C. V. (2010). Compostagem como alternativa a disposição final dos resíduos sólidos gerados na CEASA Curitiba/PR. Revista Engenharia Ambiental, 7(2), 27-40.
Ximendes, I. C. R., et al. (2020). Gestão de resíduos sólidos urbanos: entraves para implantação da política nacional de resíduos sólidos no município de Itinga do Maranhão-MA: Gestão de resíduos sólidos urbanos no município de Itinga do Maranhão-MA. Revista Acta Ambiental Catarinense, 17(1), 158-161.
Xiong, X., et al. (2019). Value-added chemicals from food supply chain wastes: State-of-the-art review and future prospects. Chemical Engineering Journal, 375, 121983.
Zago, V. C. P., & Barros, R. T. V. de. (2019). Gestão dos resíduos sólidos orgânicos urbanos no Brasil: do ordenamento jurídico à realidade. Engenharia Sanitária e Ambiental, 24, 219-228.
Zeitune, C. R. (2011). Conceito das Ceasas. In Manual Operacional das Ceasas do Brasil (pp. 9-13). ABRACEN.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line na RGO.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Gestão Organizacional é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Gestão Organizacional adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.
