OS SIGNIFICADOS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
uma análise durante o processo formativo em educação especial
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v26i1.8048Palavras-chave:
Educação especial, Prática Pedagógica, Deficiência IntelectualResumo
Este artigo apresenta os resultados de um estudo realizado com estudantes de um curso de licenciatura em Educação Especial acerca de suas compreensões sobre o estudante com deficiência intelectual e o seu desenvolvimento educacional. Realizamos uma reflexão sobre a Educação Inclusiva como princípio da educação, chamando a atenção para o cuidado como elemento presente na prática pedagógica. Na sequência, refletimos sobre a concepção de deficiência no contexto social, sob a lente dos estudos críticos da deficiência. Apresentamos a concepção de deficiência intelectual, inspirada na obra de Vigotski, para compreender o estudante no processo educacional e a formação do educador especial. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utilizou como instrumento de produção de dados a aplicação de um questionário de opinião. A análise dos resultados se deu mediante análise de conteúdo. Os resultados mostram que a identidade da pessoa com deficiência intelectual, no processo de desenvolvimento educacional, é vista como contrastiva, aprisionada a sua própria condição pela autoridade do discurso determinista do professor, que, pela ausência de conhecimento sobre o seu papel e a importância de sua atuação na escolarização da pessoa com deficiência intelectual, está sujeito ao discurso impositivo, produzido institucionalmente, promovendo sua exclusão na interação com seus pares e na participação ativa de um saber compartilhado e valorizado.
Downloads
Referências
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70 Brasil, 2016.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70 Brasil, 2010.
BERNARDO, Jane Claro; SANTOS, Geandra Cláudia Silva. A organização do trabalho pedagógico no espaço do atendimento educacional especializado. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 22, p. 1-25, 2020.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org.). Pesquisa Qualitativa: segundo a visão fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011.
BORGES, José Augusto. A prática de educação física e a compatibilidade com as necessidades dos alunos com deficiência intelectual: um estudo de caso na escola Centro de Ensino Fundamental 316 de Santa Maria. Monografia (especialização)—Universidade Aberta do Brasil, Universidade de Brasília, Curso de Especialização em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar, 2011.
BRASIL. GOMES, Adriana Leite Lima Verde; POULN, Jean-Robert; FIGUEIREDO, Rita Vieira de. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual. v. 2. Brasília, 2010.
BRASIL. Resolução CNE/CEB 4/2009. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial , Brasília: MEC, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96. 20 de dezembro de 1996.
BRITO, André Luiz Corrêa; Wuo, Andrea Soares. Introdução a uma epistemologia da educação (inclusiva). In: BRITO, André Luiz Corrêa; CIPRIANI, Andreza; BIHRINGER, Katiúscia Raika Brandt; RAASCH, Patricia Tatiana (Org.) Epistemologias dos saberes em educação. Porto Alegre: Fi, 2023.
CARVALHO, Rosita Elder. Removendo barreiras para aprendizagem: Educação Inclusiva. 6ª edição. Porto Alegre: Mediação, 2007. 174 p.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. 12.ed. Porto Alegre: Mediação, 2018. 176 p.
DAVIS, Lennard. The disability studies reader. 4 ed. New York: Routledge, 2013.
DIAS, Sueli de Souza; LOPES DE OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos. Deficiência Intelectual na Perspectiva Histórico-Cultural: contribuições ao estudo do desenvolvimento adulto. In.: Rev. Bras. Ed. Esp.. vol. 19, nº 2, Marília: Abr-Jun, 2013. 169-182 p.
DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007.
DINIZ, Débora; BARBOSA, Lívia ; SANTOS, Wederson Rufino. Deficiência, Direitos Humanos e Justiça. In.: SUR – Revista Internacional de Direitos Humanos. v. 6. n. 11. dez.
FOSSÁ, M. I. T. Proposição de um constructo para análise da cultura de devoção nas empresas familiares e visionárias. Tese (Doutorado em Administração). Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 2003.
FRANÇA, T. H. A normalidade: uma breve introdução à história social da deficiência. In.: Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. vol. 6, nº 11, julho de 2014.
FREIRE, Madalena. Educador, educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
GAUDENZI, P.; ORTEGA, F. Problematizando o conceito de deficiência a partir das noções de autonomia e normalidade. In.: Ciência & Saúde Coletiva, 21(10): 3061-3070, 2016.
GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2004.
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In.: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.); HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 10. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
LOPES, Maura Corcini; FABRIS, Eli Henn. Inclusão & Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
LÓPEZ, Erick Gómez Tagle; FERNÁNDEZ, Dídimo Castillo. Sociología de la discapacidad / Sociology of Disability. Tla-Melaua, Revista de Ciencias Sociales, México, p. 176-194, abr. 2016. Semestral.
MENDES, R. da. S. A escolarização de alunos com deficiência intelectual no ensino fundamental da rede de ensino de Itajaí – SC. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Vale do Itajaí, 2016.
MICHELS, Maria Helena (org.). A Formação de Professores de Educação Especial no Brasil: propostas em questão. Florian´polis: UFSC /CED / NUP, 2017.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 12. ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
MITJÁNS MARTINEZ, A. La perspectiva histórico-cultural y educación especial: contribuciones iniciales y desarrollos actuales.In.: Revista Eletrónica Actualidades Investigativas en Educación, Costa Rica, v. 9, número especial, p. 1-28, 2009. Disponível em: <http://revista.inie.ucr.ac.cr>. Acesso em: 30 jan. 2023.
MOREIRA, Herivelton; CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. 2.ed. – Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
OLIVER, Mike. The social model of disability: thirty years on. Disability & Society, v. 28, n. 7, p. 1024–1026, 2013.
PIMENTEL, Susana Couto. A aprendizagem da pessoa com deficiência intelectual numa abordagem psicopedagógica. In.: SOUZA, Rita de Cácia Santos (org.). Aprendizagem e Deficiência Intelectual em foco: discussões e pesquisas. Aracaju: Criação, 2018.
ROCHA, Ruth; PIRES, Hindenburg da Silva. Minidicionário Ruth Rocha. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2001. 676 p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2016.
SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. 11. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. 6ª. Reimpressão, 2020.
SOARES, Maria Aparecida Leite; CARVALHO, Maria de Fátima. O professor e o aluno com deficiência. São Paulo: Cortez, 2012.
SOUSA, José Raul de; SANTOS, Simone Cabral Marinho dos. Análise de conteúdo em pesquisa qualitativa: modo de pensar e de fazer. Pesquisa e Debate em Educação, Juiz de Fora: UFJF, v. 10, n. 2, p. 1396-1416, 2020.
VIGOTSKI, LEV Semionovich. Проблема Умственной Отсталости: Опыт построения рабочей гипотезы. Moscou: Государственное учебно-педагогическое издание, 1935.
ZAZZO, René. Alfred Binet. Fundação Joaquim Nabuco, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line no Portal de Periódicos da Unochapecó. Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
A revista permite que o autor detenha os direitos autorais sem restrições, desde que contate a revista sempre que desejar republicar o artigo.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Pedagógica é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial. Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.