EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E RESISTÊNCIA:
o cabelo como posicionamento político
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.6293Palavras-chave:
Racismo. Educação antirracista. Política. MulheresResumo
Esse artigo tem como objetivo principal refletir sobre o processo de transição capilar, que tem sido um fenômeno nos últimos tempos, sobretudo entre as mulheres. Sendo uma busca pela autoafirmação da identidade negra e a valorização das raízes afrodescendentes, o cabelo afro para além da questão estética, também é a expressão de um ato político contra o racismo. Tendo como base a mudança do cabelo, buscamos estabelecer relações entre esse fenômeno e a luta por uma educação de resistência antirracista, tendo em vista que um dos principais alvos das práticas racistas é o cabelo crespo. Reconhecendo o papel dos movimentos antirracistas da atualidade, o texto tem como base teórica intelectuais, principalmente mulheres brasileiras que têm feito a discussão sobre cabelo afro e a luta antirracista nos mais diversos espaços. A partir desta escrita é possível perceber uma discussão sobre a questão estética negra e a educação.
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