MULHERES EM PROJETOS COLONIZADORES:
vozes silenciadas e corpos sujeitados
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.6359Resumo
O artigo aborda elementos da reestruturação da Igreja Católica no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dentro do cenário de restauração de princípios e valores em decadência no Velho Mundo, face à emergência de novas correntes de pensamento. Aponta que nas frentes agrícolas dos estados do sul, em resposta à descristianização na Alemanha, houve experiências de revigoração do naturalismo e do romantismo, no final do século XIX e primeira metade do XX. Expressa como os meios educacionais, culturais, econômicos e o uso da imagem e linguagem reproduziram, longe dos espaços dos novos tempos, o direito divino pelo teocentrismo e o padroado. O eixo de análise da produção bibliográfica apresenta três reflexões básicas: e emigração europeia como resposta às bandeiras do modernismo e do liberalismo; a formação do Projeto Porto Novo/SC, de caráter confessional e etnicamente uniforme; e a restauração da autoridade patriarcal por meio de mecanismos de enquadramento e normatização do papel da mulher e da família dentro do paradigma naturalista da colonização.
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