A EMPRESARIZAÇÃO DOS CENTROS DE TRADIÇÕES GAÚCHAS: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE CONCORRÊNCIA E DE CONSUMO

Autores

  • Letícia Marques Vargas Universidade Federal de Pelotas
  • Marcio Silva Rodrigues Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.22277/rgo.v12i4.4685

Palavras-chave:

Águas subterrâneas, zeólita, adsorção, sais minerais

Resumo

O presente trabalho busca analisar o processo de empresarização das invernadas artísticas de três Centros de Tradições Gaúchas da 26º Região Tradicionalista. Para tanto, através de uma abordagem descritivo-interpretativa, foram coletados dados secundários e primários. O conjunto de dados secundários foi composto por uma série de documentos coletados junto ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), ao Encontro de Artes e Tradições Gaúchas (ENART) e aos Centros de Tradições Gaúchas (CTG) selecionados (regimentos, regulamentos, relatórios, estatutos, cartas oficiais, resoluções, notas de instrução, jornais especializados e sites). Os dados primários, por sua vez, foram coletados a partir de um questionário aplicado aos integrantes das invernadas artísticas dos TGs. Os dados foram analisados à luz da teoria da empresarização (SOLÈ, 2004, 2008; ABRAHAM, 2006), enfatizando, as relações de concorrência (POLANYI, 2000) e as relações de consumo (BAUDRILLARD, 2008) decorrentes desse processo. De forma geral, os resultados indicam a presença, em maior ou menor medida, de traços característicos de uma empresa nas três organizações analisadas. Nesse processo, além do papel ENART no estímulo às relações de concorrência entre os CTGs, destaca-se o esforço de apropriação da cultura gaúcha por parte do MTG e, consequentemente, a intensificação das relações de consumo da cultura gaúcha.

Biografia do Autor

Letícia Marques Vargas, Universidade Federal de Pelotas

Bacharela em Administração e Mestra em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Pelotas

Marcio Silva Rodrigues, Universidade Federal de Pelotas

Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindrustriais, do Mestrado em Administração Pública e Curso do Bacharelado em Administração da Universidade Federal de Pelotas. Líder do Núcleo de Estudos Marcelo Milano Falcão Vieira (NeMaVi) e membro do Observatório da Realidade Organizacional (UFSC). 

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

Artigos